
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas de máquinas agrícolas registraram forte alta no mês de maio, alcançando um faturamento de R$ 6,5 bilhões — aumento superior a 30% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho expressivo acumulado ao longo do ano fortaleceu o otimismo da indústria, que passou a projetar resultados ainda melhores para 2025.
Inicialmente, a previsão era de um crescimento de 8% nas vendas ao longo do ano, mas com o ritmo atual, já se estima que a alta possa chegar a 9%, caso o cenário positivo se mantenha. Entre as modalidades que seguem em expansão e apresentando soluções interessantes para produtores rurais, destaca-se o consórcio de veículos pesados e máquinas agrícolas.
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o volume de crédito liberado por meio de consórcios voltados a equipamentos como máquinas agrícolas, caminhões e retroescavadeiras avançou 39,9% no primeiro bimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Especialistas do setor financeiro avaliam que o momento é de recuperação da confiança por parte do produtor rural, que tem investido em tecnologia e renovação da frota com foco na eficiência produtiva. A demanda crescente por consórcios tem contribuído para consolidar o país entre os maiores mercados globais em termos de volume e modernização.
Esse movimento ocorre em um contexto de expectativa de expansão de 5% no Produto Interno Bruto do agronegócio, conforme projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e de manutenção da taxa básica de juros em níveis elevados, estimada em cerca de 15% ao longo do ano. Esse cenário tende a tornar o crédito rural tradicional mais caro, estimulando muitos produtores, especialmente de menor porte, a buscar alternativas como os consórcios para viabilizar novos investimentos.