
O Brasil tem ampliado sua liderança global nas exportações de carnes, principalmente a bovina, com destaque para o recente reconhecimento internacional como país livre de Febre Aftosa sem vacinação. A certificação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em maio, abre portas para mercados antes restritos, como Japão, Coreia do Sul e Vietnã.
O setor também aposta na rastreabilidade para fortalecer sua posição, com iniciativas como o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), que prevê rastrear 100% do rebanho nacional até 2032.
Apesar dos avanços, o país ainda enfrenta barreiras comerciais e sanitárias impostas por seus principais parceiros. Cotas limitadas, tarifas elevadas fora da cota e exigências técnicas, como a certificação halal e a proibição de determinados hormônios, impactam diretamente a competitividade da carne brasileira.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mesmo com essas restrições, o Brasil exportou carne para 157 países em 2024, registrando aumento de 55% no volume embarcado desde 2019. A China permanece como principal destino, mas investigações de salvaguarda iniciadas por Pequim reforçam a necessidade de diversificação dos mercados.
Com informações da CNA.