
O mercado de grãos iniciou a semana com forte valorização na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira (3/11). A soja liderou os ganhos, subindo quase 2% e rompendo a barreira dos US$ 11 o bushel nos contratos de prazo mais curto. O vencimento de janeiro de 2026, o mais negociado no momento, avançou 1,7%, encerrando a US$ 11,34 por bushel, enquanto o contrato para março de 2026 ajustou para US$ 11,40 (alta de 1,47%).
O principal vetor de alta para a oleaginosa é o otimismo em torno das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. A expectativa de um aumento substancial na demanda chinesa pelo grão americano se intensificou após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciar na semana passada um compromisso de compra por parte da China. O acordo prevê a aquisição de 12 milhões de toneladas da safra 2025/26 e 25 milhões de toneladas anuais nas três temporadas seguintes.
Este cenário, paradoxalmente, gerou efeitos imediatos no mercado físico brasileiro. A previsão de maior demanda pelo grão dos EUA derrubou os prêmios de exportação no Brasil. A agência Reuters informou que essa queda tornou a soja brasileira mais competitiva, levando compradores chineses a uma recente onda de aquisições do produto sul-americano.
Os demais grãos acompanharam o movimento. O milho fechou em alta de quase 1%, com o contrato para dezembro de 2025 ajustado em US$ 4,34 por bushel (+0,64%) e o de março de 2026 em US$ 4,46. O cereal demonstrou volatilidade, abrindo em queda diante de projeções de clima favorável nos EUA, mas reverteu a tendência ao longo do dia. O trigo também teve um dia positivo, com ganhos de quase 2%. O contrato para dezembro encerrou a US$ 5,43 o bushel (+1,78%) e o de março de 2026 a US$ 5,57 (+1,64%).












